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10 Mitos sobre carros: Parte 1

Ao longo do tempo foram surgindo vários mitos sobre carros, que despoletaram discussões intermináveis sem que, no final, fosse possível alcançar uma verdade absoluta. Alguns deles estão tão enraizados no senso comum dos condutores que escapam ao escrutínio da maioria de todos nós.

Com objetivo de resolver estes “atritos”, neste artigo vamos desvendar alguns dos principais mitos sobre carros. Desde consumos, mecânica automóvel ou estilos de condução, são muitos os mitos que necessitam de ser explicados.

Conduzir em ponto morto economiza combustível

Primeiramente, é importante referir que conduzir sem ter uma mudança engrenada é inseguro. Além disso, não é sinónimo de poupança de combustível. Isto deve-se ao facto de o sistema de injeção eletrónica ser capaz de cortar o consumo de combustível quando este não é necessário. Para tal, é necessário ter a mudança engrenada.

No entanto, nos automóveis que possuem carburador, de facto o carro consome menos devido à formação de vácuo no carburador.

Por outro lado, ao ter uma mudança engrenada, o movimento das rodas “segura” e faz trabalhar a rotação do motor. Por isso, não faz com que este recorra à injecção de combustível, enquanto garante uma condução mais segura, em caso de emergência ou sobreaquecimento dos travões.

Empurrar o carro quando o motor não “pega”

Se o motor não arrancar é porque, de facto, existe um problema relacionado com o automóvel. Assim sendo, deve verificar o nível de combustível, o motor, a bateria, as velas de ignição, entre outras peças, de modo a identificar a razão do carro não “pegar”.

Empurrar o carro quando este não arranca pode provocar consequências noutras peças ou componentes do veículo. Por exemplo, pode provocar o salto dos dentes da correia de distribuição e danificar pistões e válvulas, e, em casos mais graves, pode originar um calço hidráulico.

Homem e mulher empurram traseira de carro vermelho num prado verde

Encher o depósito de manhã ou durante a noite é mais rentável

À primeira vista, atestar o depósito quando as temperaturas são mais baixas, poderia fazer com que o combustível fosse bombeado em maior quantidade, uma vez que estaria numa fase de composição mais densa.

Todavia, é importante realçar que o combustível não é armazenado ao ar livre, mas em espaços isolados. Desta forma, a temperatura e a sua quantidade mantêm-se sempre constantes, independentemente da hora do dia.

A caixa manual é mais eficiente que a caixa automática

Até há alguns anos, este mito poderia ser verdadeiro, porque a tecnologia das caixas automáticas não era tão desenvolvida. Com a caixa de velocidades manual, o condutor consegue escolher a mudança e o momento ideal para a usar.

Contudo, o funcionamento das caixas automáticas evolui bastante. Atualmente, com este sistema, o motor já consegue trabalhar com menos rotações e a tecnologia é capaz de selecionar a mudança ideal a usar de acordo com o estilo de condução.

As constantes melhorias na caixa de velocidades automática fazem dela um sistema mais eficiente e económico. Além de consumir menos combustível, ainda proporciona uma condução mais confortável.

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Um carro sujo consome menos que um limpo

Este é um dos mitos sobre carros que se baseia numa justificação científica, nomeadamente na teoria da aerodinâmica de uma bola de golfe. Ou seja, a sujidade num carro atuaria sobre a carroçaria da mesma forma como os buracos numa bola de golfe.

Os alvéolos da bola criam pequenas zonas de turbulência que afastam o ar que está à frente do esférico. Assim, estes contornos diminuem o efeito de atrito e dão um impulso ainda maior à bola, acelerando o seu movimento.

No entanto, a aerodinâmica não é uma ciência linear nem simples. E no caso dos automóveis, a lama e a sujidade prejudicam a aerodinâmica, visto que aumentam o peso do carro. Nesse sentido, um carro sujo pode consumir mais combustível.

Atravessar as lombas com as rodas na diagonal

Esporadicamente não constitui nenhum problema atravessar as lombas com as rodas na diagonal. Se fizer diariamente isso irá provocar um esforço que poderá torcer a estrutura do seu carro, danificar a suspensão e até mesmo quebrar as molas.

Assim, para que não ocorram este tipo de problemas, a melhor solução é sem dúvida, atravessar as lombas “de frente” a uma velocidade moderada.

Close up à frente de carro vermelho a passar numa lomba da estrada

Verificar o óleo com o motor quente

Quando o óleo está quente, o seu volume sofre uma pequena variação devido à dilatação do fluido. Por isso, deve esperar 10 minutos depois de parar o veículo, não só para o óleo arrefecer, mas também para que retorne ao cárter, permitindo, assim, uma leitura precisa do seu nível.

Acelerar o carro antes de o desligar lubrifica o sistema

Esta ação resulta na acumulação de uma certa quantidade de combustível dentro do cilindro que não será queimada. Consequentemente, este combustível irá escorrer para o cárter, contaminando o óleo.

Além disso, para os carros com turbo esta prática não é a mais aconselhada. Ao acelerar antes de desligar as turbinas são obrigadas a aumentarem as suas rotações, enquanto o sistema de lubrificação é cortado.

O motor necessita de aquecer antes de iniciar a marcha

Este mito apenas é aconselhável se o motor ainda funcionar através do carburador, em vez da injeção eletrónica. No entanto, apenas os veículos mais antigos estão equipados com esta peça.

Sendo assim, nos automóveis modernos, que possuem o sistema de injeção eletrónica, os cilindros e os pistões acabam por ser danificados pelo aquecimento, antes do carro iniciar a sua marcha. Este acontecimento é provocado pelo desequilíbrio entre a temperatura ambiente e a mistura de ar e combustível.

Apesar de não ser aconselhado arrancar de imediato a grandes velocidades, estar bastante tempo ao ralenti também não será necessário. Iniciar a marcha ajudará o automóvel a funcionar em pleno com todas as partes na perfeição.

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Pneus não têm data de validade

Diversos componentes do automóvel, como fluidos e combustíveis, degradam-se com o tempo. Daí, ser necessário substituí-los no final da sua data de validade. E os pneus são também um desses componentes.

Mesmo que os pneus estejam bem armazenados, estes tornam-se perigosos com o passar dos anos. A borracha oxida, devido à humidade, temperatura e luz, o que diminui o poder de aderência. Além disso, o ressecar dos pneus cria fissuras, que podem provocar um rebentamento em plena utilização.

Em geral, os pneus mantêm suas características originais durante os primeiros 6 anos, mas ainda podem ser utilizados até os 10 anos. No entanto, cada fabricante determina o prazo máximo de utilização. Pode consultar a data de validade no interior do pneu ou pedir ajuda ao seu mecânico.